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Karla Lopes conta tudo sobre a Lunnare, sua marca de aromaterapia que tem Bruna Tavares como investidora

01/02/21

Vivemos em um momento no qual preocupações com o autocuidado se expandem cada vez mais para além das rotinas “básicas” de beleza — fazer rituais holísticos e ter um kit de óleos essenciais é tão importante hoje quanto limpar bem a pele ou saber fazer um olho esfumado. E é nesse contexto que Bruna Tavares acaba de anunciar seu investimento “anjo” na Lunnare, marca de spirit care criada e comandada pela mineira Karla Lopes, que vai ajudar a potencializar.

Com uma história que mistura ancestralidade, aromaterapia e cura por meio de rituais energéticos, a marca passou por um rebranding que inclui a mudança de nome, de Lunna Care para Lunnare, e novas embalagens, e ganhou processos de fabricação mais modernos que permitem escalar sua produção e seu alcance, mas sem perder a essência.

Karla bateu um papo delicioso sobre óleos essenciais com a Vic no ano passado (vejam a live e o post aqui aqui) e volta agora ao Dia de Beauté para contar um pouco mais sobre a história da marca, que ela toca com tanto carinho há dois anos, e sobre o que vêm por aí.

A seguir, leia a entrevista que a nossa editora Clara fez com Karla:

Quando você fundou a marca? Como tudo começou? Me conte um pouco dessa história.

Eu criei a Lunna em janeiro de 2019. Assim, na minha cabeça, a marca já existia desde setembro de 2018, época em que eu estava passando por um período bem tumultuado mentalmente, estava super mal. E aí encontrei nessa reconexão com as ervas uma forma de processo de cura mesmo.

Eu conversava muito com minha avó sobre essas coisas e começamos a lembrar de como era quando eu era criança, relembrando de tudo que ela fazia, dos chás, das infusões, das compressas e etc. Então, voltei a me reconectar com isso e comecei a usar as ervas de uma forma terapêutica de novo. Eu já usava muita erva para fazer chá, incenso e tudo mais, mas tudo muito para cuidado pessoal mesmo.

Na época eu estava fazendo terapia holística e conversei muito com a minha terapeuta que me deu estimulou a buscar essa cura nas ervas. E aí nesse processo eu vi uma oportunidade de mudar a minha marca também, porque eu trabalhava com cerâmica fria e não estava mais satisfeita com aquilo. Dava muito trabalho e pouco retorno.

Comecei a fazer os incensos e os sprays para mim, com as ervas do quintal da minha avó mesmo, e minhas amigas não paravam de falar que eu tinha que começar a vender. Fiz uma mentoria de negócios no final de 2018 e resolvi tirar isso do papel – em janeiro de 2019 a Lunna nasceu.

Sempre foi você fazendo tudo sozinha?

Sempre! Tudo sozinha. Todos os processos da marca, desde as coisas práticas de dia a dia, de produção mesmo, até as burocracias chatas.

E como foi seu primeiro contato com a Bruna Tavares? Eu lembro que você postou nos Stories ela compartilhando uma compra imensa que fez no site da Lunna.

Isso foi muito louco, sério! Fiquei dois dias sem dormir. Foi bem no meio da quarentena, final de maio ou começo de junho, bem na época dos protetos do Black Lives Matter. Era um domingo, eu estava em casa tranquila vendo uma série, algo assim, e aí chega um e-mail falando “Bruna Tavares fez uma compra”, porque eu recebo todos os pedidos por e-mail.

Aí eu fui ver e pensei “nossa, que compra grande!”. E eu pensei nela na hora, mas Bruna Tavares é um nome comum, eu mesma conheço três Brunas Tavares… Aí vi que no e-mail tinha a sigla do blog dela e falei: “Não é possível!” E enquanto eu processava a possibilidade de Bruna Tavares ter comprado na Lunna, me chega um inbox dela no Instagram falando:

“Oi, Karla. Acabei de conhecer a sua marca e de fazer uma compra. Estou encantada, nunca vi algo feito com tanto cuidado, tanto carinho e um produto tão diferente. Estou muito a fim de investir em marcas novas, potencializar outras mulheres, especialmente mulheres negras. Vamos marcar uma conversa? Esse aqui é meu WhatsApp. Não sei qual pretensão você tem com sua marca, se quer continuar fazendo as coisas da mesma forma que já faz, eu queria te ajudar de alguma forma, nem que seja só divulgando.”

Aí eu fiquei doidinha! Fiquei processando essa mensagem e na segunda de manhã mandei um WhatsApp para ela e a gente começou a conversar. Foi muito do nada. É uma das coisas mais inesperadas que aconteceu na minha vida. Se alguns meses antes alguém falasse que isso ia acontecer, eu iria rir na cara da pessoa.

Engraçado que, às vezes, vem de repente alguma proposta que muda a nossa vida. Mas nunca é do nada, né? Tem todo um trabalho que já vem sendo muito bem feito antes e é notado.

Isso! Você está sendo vista. A Lunna cresceu muito no ano passado. De uma forma bizarra, de eu ficar desesperada de não estar dando conta de embalar pedido, de fazer produto, sabe? Então eu estava ali já batalhando e dando o meu melhor.

Você sentiu que na pandemia teve um interesse maior por seus produtos?

Nossa, a gente cresceu 58% em vendas. É muito, mais da metade. Acho que juntou o fato de as pessoas estarem em um processo muito difícil, a sociedade como um todo. E as pessoas querendo se acolher e se ajudar de alguma forma. Então, elas buscaram isso. Muitas outras marcas de pequenos produtores que eu conheço aqui de BH, mais voltadas para o bem-estar, tiveram um crescimento muito grande.

Acho que o boom das marcas de pijama também fala muito disso, das pessoas quererem se sentir mais confortáveis em casa e se sentir mais acolhidas, menos estressadas, mesmo que do lado de fora esteja um caos acontecendo no mundo inteiro. Então eu acredito que, por ser uma marca que trabalha muito o autocuidado, o cuidado espiritual, as pessoas buscaram nisso uma forma de se acolherem durante esse período.

Você começou em 2019 e em 2020 já estava bombando assim. Foi até rápido. Mas teve algum momento que você pensou em desistir?

Não! Eu sempre acreditei muito na potência da Lunna, principalmente porque ela carrega muito da minha ancestralidade enquanto mulher negra. E eu acho difícil ver pessoas negras com sonhos desistindo fácil. Acho que a sociedade já corrobora muito para que a gente desista, mas existe uma força, uma garra, dentro de pessoas negras que é difícil de matar, mesmo que tudo contribua para que você desista.

Então, para mim, mesmo nos momentos mais tensos, não existia a possibilidade de desistir. Sempre olhei a Lunna, agora Lunnare, como um processo de redescoberta meu e também algo para honrar as mulheres da minha família, especialmente a minha avó. Ela sempre utilizou muito desses recursos, a minha bisavó nunca teve acesso a remédios, as ervas sempre foram a famácia dela… Então nunca passou pela minha cabeça desistir, mesmo nos momentos super tensos do ano passado.

Você agora falou “Lunnare”. Por que a mudança de nome?

Foi uma questão de negócios mesmo, porque a gente precisa registrar a marca e Lunna, querendo ou não, é um nome muito comum. Ela se encaixa em registro de marca de beleza e, quando a gente foi fazer, já tinha uma Lunna e, poucos meses antes, alguém tentou registrar Lunna Care e foi deferido. Então a gente foi procurando outros nomes e eu queria um que não fugisse muito do que é agora, para ser mais fácil das pessoas associarem. E como a gente quer transformar a Lunnare em uma corporação, colocamos Lunnare Co. e deu certo.

Além do nome, o que mais muda agora?

A gente já começou a terceirizar alguns produtos, porque, realmente, a marca estava crescendo em um nível que eu sozinha não estava dando conta de atender a demanda. Então, rolava uns buracos muito grandes de estoque e tudo mais. Por isso, parte da nossa produção passa a ser feita em fábrica agora. Os produtos vão continuar sendo 100% naturais, as fórmulas praticamente se mantêm, mas agora a gente tem uma possibilidade de uma produção maior, de ter mais estoque das coisas e aí a gente tem registro da Anvisa e tudo mais.

E tem mais alguma novidade que rola de adiantar?

A gente tem mais produto para lançar este ano, pretendo lançar mais cinco pelo menos. E, no ano que vem, a gente quer ter uma parte de beleza dentro da Lunnare. Neste momento, estamos trabalhando muito o conceito de spirit care para que as pessoas entendam que não é uma marca de beleza, é uma marca de autocuidado e cuidado espiritual.

As pessoas, às vezes, esquecem que o autocuidado vai muito além do skincare, da máscara facial que você faz no fim de semana. Na Lunnare, queremos te ajudar a para o seu lado espiritual diariamente, mesmo em uma rotina atribulada, você consegue parar para entender que precisa acalmar um pouco, aí usa um dos nossos sprays para isso.

Ou você está em um ambiente que sente que a energia está um pouco carregada e aí passa um dos nossos incensos. Os bálsamos também, um produto que vamos relançar, que é como se fosse um perfume sólido com óleo essencial para você se cuidar durante o dia. É muito essa ideia de trazer esse cuidado espiritual para sua rotina de uma forma muito fácil.

Mas, no próximo ano, queremos ter um braço de beleza dentro da marca seguindo todos esses preceitos dos usos da erva, da aromaterapia, de ser natural, mas aí puxando mais para um cuidado de beleza mesmo. Só vamos ter um produto de maquiagem, que vai ser um multi-função, porém o foco vai seguir sendo o autocuidado.

O novo e-commerce da Lunnare já está no ar, vale a pena conhecer. Desejamos vida longa para essa marca linda e para essa parceria de sucesso!

{Fotos: Lara Dias e reprodução Instagram @k.arlalopes e @lunnare.coo}

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