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Cinza, rosa, branco… Como cuido do meu cabelo colorido

25/02/19

Fazia tempo que não tinha post com convidados especiais no DDB né? Mas a de hoje é muito especial mesmo: Tuyra Rosa, editora de imagem do Dia de Beauté, veio contar tu-do sobre sua experiência com cabelos coloridos! A Tuy é nossa referência no assunto, vive mudando a cor do cabelo, e já estava mais que na hora de vir aqui falar sobre o assunto, compartilhar suas experiências, dicas, cuidados especiais.

Definitivamente, a “moda” do cabelo colorido – rosa, verde, azul, cinza – veio para ficar. Se você pensa em aderir, nem que seja para experimentar por alguns dias, atenção ao relato:

“Eu amo pintar meu cabelo de várias cores diferentes e faço isso há 10 anos. Ele já foi laranja, vermelho, branco com as pontas rosas, todo branco, rosa pastel, rosa pink, lilás e cinza / prata, que é minha versão favorita do momento (tipo a Tempestade da Marvel, kkk). E, com essa experiência de tantas tinturas seguidas, posso afirmar para vocês que é muito importante cuidar dos fios para que estejam sempre saudáveis e bonitos. Descolorir o cabelo dá muito trabalho… Mas vou contar tudo o que faço nos meus para quem está animada para ter fios coloridos também!

Sou naturalmente loira acinzentada, o que facilita muito na hora da descoloração, já que o meu tom abre rápido. Ruivo alaranjado foi a minha primeira mudança capilar e não precisei descolorir antes da tintura – já que, nesse caso, o oxidante vai junto com a coloração. Porém, meses depois, quando resolvi adotar um tom fantasia, não tive como escapar do processo mais agressivo. Foram duas descolorações com intervalo de um mês entre uma e outra, época em que desfilei por aí com a cor amarelo ovo na cabeça (tive que ter muita paciência, mas ela é fundamental se você quer cabelos descoloridos ou tons muito claros!).

Quando finalmente cheguei ao loiro platinado, já estava acostumada a fazer hidratação caseira toda semana – máscara + touca no cabelo, nada complexo. Minha preferida nessa época era a Máscara de Caviar Platinum, da Tratto, porque, além de sentir meus fios hidratados, o creme tinha um tom lilás que ajudava a tirar o amarelado e a preservar o branco. Também usei por muito tempo o shampoo Silver, da L’Oreal, aquele famoso bem pigmentado de roxo. Ele realmente tira o amarelo dos fios, mas acabava deixando-os ressecados.

Outra dica boa e baratérrima para tirar esse amarelado é a Violeta Genciana, um antisséptico que tem em qualquer farmácia e que nossas avós já usavam para deixar os cabelos naturalmente brancos em tons puxados para o lilás! Quando quis meu adotar o lilás, inclusive, consegui o tom graças à Violeta Genciana. Basta você misturá-la no seu shampoo e lavar todo o cabelo por cerca de 2 minutos para não manchar (ele também mancha a pele, cuidado!). Quanto mais gotinhas forem na mistura, mais lilás ele fica. Claro que isso funciona melhor com quem tem fios claros ou descoloridos. Nos escuros, a cor não fica evidente. Nesse processo, o tom desbota rápido a cada lavagem. Se quiser manter, é preciso fazer o processo de lavar com a mistura shampoo + gotinhas de preferência toda vez – eu colocava muitas gotinhas e deixava o shampoo bem roxo para chegar no tom desejado (lembrando que meu cabelo já estava bem claro).

Já a descoloração, faço questão de ir a uma profissional. São anos descolorindo o cabelo com a mesma cabeleireira, a Milena Maquea, em Curitiba. Foram algumas tentativas que deram errado com raízes amareladas, cabelo manchado e couro cabeludo ardendo até encontrar uma profissional em quem tivesse confiança e que realmente cuidasse dos meus fios. Acredito que é um processo complicado e agressivo para se fazer sozinha em casa, já que pode realmente estragar o cabelo sem volta e, nesse caso, só resta mesmo cortar e esperar crescer.

No meu cabelo, ela usa água oxigenada de 40 volumes com pó descolorante por cerca de 30 minutos. A Milena sempre diz que o que quebra e estraga os fios é você descolorir o que já está descolorido. Então, a cada retoque, ela aplica a mistura apenas na raiz. Outra dica é colocar papel alumínio entre as mechas para acelerar o processo de descoloração com o próprio calor da cabeça, e também evitar que o pó pegue em partes já descoloridas.
Ela sempre pede para eu lavar o cabelo um dia antes da descoloração, porque, apesar de a oleosidade natural ajudar a proteger o couro cabeludo, se a raiz estiver oleosa demais, ela não deixa a água oxigenada reagir e os fios não ficam tão claros quanto desejado.

Após a descoloração, ela lava bem e aplica o tonalizante cinza. Prefiro usar tonalizantes à tinturas permanentes, pois, em mim, a combinação dela com a descoloração arde demais e chega a machucar o couro cabeludo. As tinturas duram mais, mas o tonalizante é menos agressivo. Nesse momento, ela passa muito bem o produto na parte descolorida – com um pincel, para não manchar -, e então puxa o tonalizante para o resto do cabelo, recolorindo o que já está desbotado e deixando os fios uniformes. São cerca de 20 / 30 minutos de ação. Meu favorito, há cerca de quatro anos, é o Banho de brilho cor Prata Cendré, da Keraton, que custa em torno de R$ 25 em lojas especializadas. Já testei tonalizantes prata de outras marcas, mas nenhum me agradou tanto quanto o Keraton. Ele deixa meu cabelo com um tom cinza forte que amo, e os fios ficam macios e brilhosos. A mesma linha tem a cor Platina que puxa para um loiro platinado, caso essa seja sua preferência.

Como já disse antes, é necessário ter muita paciência para esperar que os fios se recuperem após um processo de descoloração. Se seu cabelo é escuro ou precisou passar por um processo de decapagem – que usa água oxigenada para tirar tinturas fortes –, você deve respeitar o tempo entre as descolorações para evitar fios elásticos e quebradiços.

Vou ao salão descolorir de 4 em 4 meses, em média, quando minha raiz já está com uns 4 cm de comprimento (nem ligo, hahaha), mas acredito que esse é um dos motivos pelos quais meu cabelo é saudável. E, para manter o brilho e a cor, tonalizo o cabelo a cada 15 dias – em casa mesmo. Esse tonalizante é suave e sinto que hidrata os fios. Eventualmente, quando quero um tom cinza puxando para o lilás, uso o Banho de Brilho Ice da Keraton (tem outros tons de pratas dessa linha).

Em outros momentos da vida, já tingi de rosa, algumas vezes em mechas, outras nas pontas e também nele todo. Algumas pessoas me perguntaram no Instagram se cabelo com várias cores não mancham. Bom, na hora da tintura, pode manchar. É preciso cuidado para fazer as mechas, e, ao lavar em casa, sempre lavava os fios por partes, sem fazer aquele bolo de shampoo na cabeça toda.

Não sei como é em outras cidades, mas em Curitiba é muito difícil achar tintas coloridas com tons legais e que durem. Quando resolvi adotar o rosa pastel, comprei pelo Mercado Livre a tinta semi-permanente Directions, da La Riche, cor Pastel Pink e adorei o tom. Tem várias cores maravilhosas que vão te deixar na dúvida na hora de escolher a sua. O único problema é que o pote é pequeno e você precisará comprar mais de um se seu cabelo vai além dos ombros. Para mim, o rosa claro não durou 4 lavagens. Usei apenas uma vez, embora tivesse adorado a cor final – lembrando que passei em cima do cinza claro. Cada cor reage de uma forma diferente sobre o tom do cabelo. Por isso, é sempre legal consultar um profissional para ter certeza que você chegará na cor desejada.

Outra linha de tonalizantes coloridos que testei e amei foi da L’Oréal, a Feria Smokey Pastels. Infelizmente, não tem no Brasil. Comprei no Walmart, nos Estados Unidos, por 10 dólares. Usei o rosa pastel Smokey Pink, mas tinha cinza, azulzinho, verdinho e vários outros tons lindos. Essa tinta durou muito tempo no cabelo, cerca de 1 mês. Embora a cor fosse desbotando com o tempo, o rosa continuava bonito. Fui esperta e comprei 4 caixas dele logo de cara. Em breve, ele terá um revival nos meus fios!

Já para voltar ao cinza platina, optei por fazer Shampoozada, processo que consiste em misturar o pó descolorante e a água oxigenada no shampoo para limpar os pigmentos. O tom rosa já estava muito desbotado, o que facilitou. Mesmo esse procedimento mais simples fiz no salão, porque ele também pode quebrar os fios se o seu cabelo não estiver saudável.

Outro ponto muito importante de ter cabelos coloridos: pós-tratamentos. Todos esses processos químicos ressecam muito nossos fios. Já tive que cortar na altura do ombro em uma época que mudei de cor muitas vezes em um curto espaço de tempo e estava com muitas pontas duplas e fios quebrados. Mas, como minha mãe sempre diz, cabelo cresce e fez muito bem para o meu reduzir seu comprimento.

Com a descoloração, meu cabelo que era oleoso na raiz e seco nas pontas, ficou bem mais ressecado e foi quando parei de lavá-lo todo dia. No verão, lavo dia sim dia não. Já no frio, dou um intervalo de 2 dias entre as lavagens, tentando sempre usar a água mais fria possível, que ajuda a manter as cutículas fechadas, dando mais brilho.

Nunca segui o cronograma capilar certinho, mas sempre faço as etapas de hidratação, nutrição e reconstrução quando sinto necessidade e sigo fazendo hidratação caseira com máscara e touca de alumínio toda semana. Minhas favoritas no momento são a Marine Collagen, da Nexxus, de nutrição, e a Net Mask, da Truss, com efeito de reparação. Gosto de alternar essas duas e a de reparação uso quando sinto o cabelo mais danificado. Também presto atenção nos shampoos e condicionadores que escolho. Sempre procuro por produtos específicos para fios coloridos e com algum cuidado extra de nutrição. Estou amando os da Nexxus, principalmente o Caviar Complex, o Fusion da Wella e o Amino Color, da Knut. Sempre gosto de usar shampoo e condicionador da mesma linha para potencializar os efeitos.

Outro processo que eu faço com frequência é a cauterização, a cada 3 meses em média. É um tratamento de reconstrução profunda que fecha as cutículas recuperando parte das fibras capilares. Por consequência, com os fios mais selados e poros menos abertos, eles acabam ficando mais lisos. Meu cabelo natural é liso com voluminho e gosto do efeito da cauterização de deixar ele beeem lisinho (mas nem todo mundo gosta e existem outros procedimentos de reconstrução para os variados tipos de fios).

Além disso, com a cauterização e o cabelo mais assentado, não preciso fazer escovas e usar secador, o que ajuda muito a não danificar mais os fios. Fato importantíssimo: diga adeus às chapinhas se você quer fios coloridos e com saúde, kkk.

E, para finalizar, vamos falar sobre verão, calor e praia, que exigem ainda mais cuidados! Meu cabelo é muito sensível ao sol e à água do mar. Mesmo com chapéu, uso protetores de sol para o cabelo. Neste verão usei o pós-coloração de Goji Berry, da BioExtratus, que protegeu MUITO meu cabelo na praia. Não ressecou, apenas desbotou um pouco a cor porque entrei no mar. Eu sempre faço cauterização antes de temporadas de praia porque ela também ajuda a proteger os fios. Meu cabelo voltou quase intacto, só precisou de tonalizante para voltar ao cinza. Outro protetor que usei na temporada passada e gostei foi da Amend, da Solar Defense.

Já sobre a água da piscina, o boato de que o cloro deixa os fios verdes é real! Uma vez molhei as pontas com o cabelo descolorido e ele ficou um tom de verde musgo nada bonito. Para tirar a cor foram necessárias muitas lavagens (demorou muito). Outro produto que o deixou esverdeado foi um shampoo natural com ervas para ajudar no crescimento dos fios – o shampoo era verde. O tom também persistiu por muito tempo (não quis descolorir ou fazer a shampoozada para preservar a saúde dele), mas desisti de usar o produto.

Em resumo, se você quiser passar pelo processo de descoloração, seja para platinar ou para chegar em tons bem claros, você precisará ter paciência com seu cabelo, o tempo de recuperação e investir em cuidados semanais para que ele siga saudável e brilhoso. Além de testar, claro, os produtos que vão funcionar melhor para o seu cabelo, já que nem todos respondem à mesma maneira.

Sempre lembrando que não sou uma expert no assunto, e sim uma garota que já pintou o meu muitas vezes e tem algumas experiências para contar! Cada cabelo é único e só um profissional pode sugerir o melhor a ser feito para preservar a saúde dos fios.”

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